"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"
Ela trancou seu coração na torre de um castelo empoeirado e só Julgava nunca mais abri-lo, provocava a lei do imperador A nuvem que levou seus sonhos era labareda de um dragão Que agora guarda a torre, vigia o seu sono E não deixa um novo amor chegar Para a imperatriz não libertar
Tão solitária assistia a tudo lá do alto da sua prisão De algum lugar fluía um aroma que acalmava sua solidão Naquele império dizia a lenda que a imperatriz enlouqueceu Quando seu rei se foi, montado num corcel Nunca mais ela sorriu Nunca mais ela se abriu
Quantos homens duelaram por seus dotes, Por seus encantos e caíram frente ao dragão Que guardava o seu coração
Desde pequena a princesa amarílis Conhecia a lenda de um dragão Que assombrava a bela dona com a força dessa maldição Enquanto cultivava rosas ela olhava a torre lá do céu E desejava fundo fazer a imperatriz sorrir
Não desistir do amor e ser feliz Poder abrir as asas e voar Arriscar de novo as fichas do viver Com o perfume dessas flores mataria O dragão e a dama cantaria essa canção
Princesa, é teu meu coração Há tempos não sei o que é amar Pequena, tão grande a sua luz E a princesa amarílis, sem cavalo e sem escudo Libertou a imperatriz da maldição
Oh, dama, recebo a sua dor Nas flores guardei o meu calor Gigante, minúscula aflição Nos meus olhos, seu espelho Nessa carne a ferida cicatrizo e alegro a sua vida
E pelos campos as cores se multiplicavam como um milagre Findou-se a era das tristezas e não há nada que as separe E o dragão, inerte, já não assombrava nem uma criança Diante da maldade a força da esperança fez do reino um lugar melhor E a alegria nunca foi maior
Quantos homens duelaram por seus dotes, por seus encantos E caíram frente ao dragão Que guardava o seu coração
Princesa, é teu meu coração Há tempos não sei o que é amar Pequena, tão grande a sua luz
Contam naquela cidade hoje uma nova lenda O amor da imperatriz pela princesa Oh, dama, recebo a sua dor Nas flores guardei o meu calor Gigante, minúscula aflição.